Não me interessa saber como você ganha a vida.
Quero saber o que mais deseja
e se ousa sonhar em satisfazer os anseios do seu coração.
Não me interessa saber sua idade.
Quero saber se você correria o risco de parecer tolo por amor,
pelo seu sonho, pela aventura de estar vivo.
Não me interessa saber
que planetas estão em quadratura com sua lua.
O que eu quero saber é se você
já foi até o fundo de sua própria tristeza,
já foi até o fundo de sua própria tristeza,
se as traições da vida o enriqueceram ou se você se retraiu
e se fechou, com medo de mais dor.
Quero saber se você consegue conviver com a dor,
sem tentar esconde-la, disfarça-la ou remedia-la.
Quero saber se é capaz de conviver com a alegria,
de dançar com total abandono e deixar o êxtase penetrar
até a ponta dos seus dedos, sem nos advertir
que sejamos cuidadosos, que sejamos realistas,
que nos lembremos das limitações da condição humana.
Não me interessa se a história que você me conta é verdadeira.
Quero saber se é capaz de desapontar o outro
para se manter fiel a si mesmo
para se manter fiel a si mesmo
Se é capaz de suportar uma acusação de traição
e não trair a própria alma, ou ser infiel e,
mesmo assim, ser digno de confiança.
e não trair a própria alma, ou ser infiel e,
mesmo assim, ser digno de confiança.
Quero saber se você é capaz de enxergar a beleza no dia-a-dia,
ainda que ela não seja bonita, e fazer dela a fonte da sua vida.
Quero saber se você consegue viver com o fracasso,
e ainda assim pôr-se de pé na beira do lago e gritar
para o reflexo prateado da lua cheia: "Sim!!!!"
Não me interessa quem você conhece ou como chegou até aqui.
Quero saber se vai permanecer no centro do fogo sem recuar.
Não me interessa onde, o que ou com quem estudou.
Quero saber o que sustenta, no seu íntimo,
quando tudo mais desmorona.
quando tudo mais desmorona.
Quero saber se é capaz de ficar só consigo mesmo,
e se nos momentos vazios realmente gosta da sua companhia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário