Um espaço onde procuro registrar um pouco de mim, ideologias, crença, emoções e reações...
Perfil
- Elizabeth
- "Acho que finalmente me dei conta que o que você faz com a sua vida é somente metade da equação. A outra metade, a metade mais importante na verdade, é com quem está quando está fazendo isso."
19/07/2007
Os anos mais felizes da minha vida
Pensando bem, é difícil acreditar que estejamos vivos até hoje!
Quando éramos pequenos, viajávamos de carro sem cintos de segurança, sem freio especial e sem air bags.
Os vidros de remédios ou as garrafas de refrigerantes não tinham tampinha de segurança, nem data de validade.
A gente bebia água da chuva, da torneira e nem conhecia água engarrafada.
Andávamos de bicicleta sem usar capacete e passávamos as tardes construindo nossas pipas ou nossos carrinhos de rolimã...
E a gente se jogava nas ladeiras e esquecia que não tinha freios até que déssemos de cara com uma árvore...
Nas férias, saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo;
Nossos pais, às vezes, não sabiam exatamente onde estávamos, mas sabiam que não estávamos em perigo.
E nem existiam celulares.
Incrível!
A gente procurava encrenca...
Quantos machucados e ossos quebrados...
Mas, ninguém denunciava ninguém.
Eram só 'acidentes'.
Nunca o culpado era encontrado.
Você lembra destes incidentes?
Janelas quebradas, jardins destruídos, as bolas que caíam no terreno do vizinho...
Existiam as brigas e, às vezes, muitos pontos roxos.
Mesmo que nos machucássemos e chorássemos, passava rápido...
A gente comia muito doce, pão com muita manteiga, mas ninguém era obeso.
No máximo, um gordinho saudável...
Nem se falava em colesterol!
Não existia videogame, nem computador, nem internet...
Tínhamos, simplesmente, amigos!
Inventávamos jogos: com pedras, feijões ou cartas.
Brincávamos com pequenos monstros: lesmas, caramujos, e outros animaizinhos, mesmo se ouvíssemos que era porcaria!
As professoras eram insuportáveis! Não davam moleza.
Os maiores problemas na escola eram: chegar atrasado ou mastigar chicletes na classe!
As nossas iniciativas eram 'nossas', mas, as conseqüências também.
Ninguém se escondia atrás do outro.
Os nossos pais eram sempre do lado da lei quando transgredíamos a regras.
Se nos comportávamos mal, ficávamos de castigo.
Sabíamos que, quando os pais diziam 'não', era 'não'.
A gente ganhava brinquedos no Natal ou no aniversário e só!
Eram presentes dados por amor e não por culpa!
E nossas vidas não se arruinaram porque não ganhamos tudo o que gostaríamos, que queríamos...
Esta geração produziu muitos inventores, artistas, amantes do risco e ótimos 'solucionadores' de problemas.
Não é que aprendemos a resolver tudo, e sozinhos?
Texto Do Programa Mais Você/Ana Maria Braga
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