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"Acho que finalmente me dei conta que o que você faz com a sua vida é somente metade da equação. A outra metade, a metade mais importante na verdade, é com quem está quando está fazendo isso."

27/03/2010

A professora de Teddy

Relata a Sra. Thompson, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da 5ª série primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual. No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Teddy.

A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal. Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos.

Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações feitas em cada ano.

A Sra. Thompson deixou a ficha de Teddy por último. Mas quando a leu foi grande a sua surpresa.

A professora do 1º. ano escolar de Teddy havia anotado o seguinte: Teddy é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele.

A professora do 2º. ano escreveu: Teddy é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil.

Da professora do 3º. ano constava a anotação seguinte: A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Teddy. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo.

A professora do 4º. ano escreveu: Teddy anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.

A Sra. Thompson se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Sentiu se ainda pior quando lembrou dos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Teddy, que estava enrolado num papel marrom de supermercado.

Lembra-se de que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade. Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão.

Naquele dia Teddy ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Lembrou-se ainda, que Teddy lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.

Naquele dia, depois que todos se foram, a professora Thompson chorou por longo tempo... Em seguida, decidiu-se a mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Teddy.

Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava. Ao finalizar o ano letivo, Teddy saiu como o melhor da classe. Um ano mais tarde a Sra. Thompson recebeu uma notícia em que Teddy lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida.

Seis anos depois, recebeu outra carta de Teddy contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera.

As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr.Theodore Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Teddy.

Um dia a Sra. Thompson recebeu outra carta, em que Teddy a convidava para seu casamento e noticiava a morte de seu pai. Ela aceitou o convite e o dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Teddy anos antes, e também o perfume.

Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Teddy lhe disse ao ouvido: - Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença.

Mas ela, com os olhos banhados em pranto sussurrou baixinho: - Você está enganado! Foi você que me ensinou que eu podia fazer a diferença, afinal eu não sabia ensinar até que o conheci.

Aí está Amigos o valor da ATENÇÃO... o quanto é importante darmos um pouco mais de atenção as pessoas a quem amamos ou que se encontram do nosso lado, sem no entanto, esquecer do outro...

A atenção, o carinho e o cuidado devem ser somados e nunca dividido. É preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma da pessoa.

Autor: desconhecido

A Ponte

Conta-se que, certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito.

Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro.

Durante anos eles percorreram uma estrada estreita e muito comprida, que seguia ao longo do rio para, ao final de cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutar um da companhia do outro.

Apesar do cansaço, faziam a caminhada com prazer, pois se amavam. Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.

Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem na sua porta. Ao abri-la notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão.

Estou procurando trabalho - disse ele. Talvez você tenha um pequeno serviço que eu possa executar.

Sim! - disse o fazendeiro - claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É do meu vizinho.

Na realidade, meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não precise mais vê-lo.

Acho que entendo a situação - disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos que certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito.

Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu. O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra.

O fazendeiro chegou da sua viagem e seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca! Em vez da cerca havia uma ponte que ligava as duas margens do riacho. Era realmente um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou:
você foi muito atrevido construindo essa ponte após tudo que lhe contei.

No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao olhar novamente para a ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com os braços abertos. Por um instante permaneceu imóvel de seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte.

O carpinteiro estava partindo com sua caixa de ferramentas quando o irmão que o contratou pediu-lhe emocionado: Espere! Fique conosco mais alguns dias, e o carpinteiro respondeu: eu adoraria ficar, mas, infelizmente, tenho muitas outras pontes para construir.

E você, está precisando de um carpinteiro, ou é capaz de construir sua própria ponte para se aproximar daqueles com os quais rompeu contato?

Há uma razão muito especial para elas fazerem parte do seu círculo de relação. Por isso, não busque isolar-se construindo cercas que separam e infelicitam os seres.

Construa pontes e busque caminhar na direção daqueles que, por ventura, estejam distanciados de você. E se a ponte da relação está um pouco frágil, ou balançando por causa dos ventos da discórdia, fortaleça-a com os laços do entendimento e da verdadeira amizade.

"Gratidão com amor não apenas aquece quem recebe, como reconforta quem oferece".

Autor: Desconhecido

A Lição do Pastor

Um novo pastor, recentemente formado, e sua esposa, que foram encarregados de reabrir uma igreja no bairro de Brooklyn, NY, chegaram no início de outubro, entusiasmados com a oportunidade. Quando viram a igreja, observaram que havia muitos estragos e um grande trabalho a ser feito.

Sem se deixar abater, estabeleceram como meta deixar tudo pronto para o primeiro serviço: o culto de Natal.

Trabalharam sem descanso, consertando o telhado... refazendo o piso...pintando... e, muito antes do Natal, em 18 de dezembro, tudo estava pronto! Mas...

No dia seguinte, 19 de dezembro, desabou uma terrível tempestade que durou por dois dias.

No dia 21, o pastor foi até a igreja. Seu coração doeu... viu que o telhado tinha quebrado e que uma grande área do revestimento de gesso decorado, da parede do santuário, logo atrás do púlpito, havia caído. O pastor, enquanto limpava o chão, pensava em como resolver a situação.

No caminho de casa, pensando em adiar o culto de Natal, observava as vitrines, enfeitadas para a época, quando notou um bazar beneficente e parou por instantes. Uma linda toalha de mesa, de croche, na cor marfim, chamou-lhe a atenção. Era do tamanho exato para cobrir o estrago atrás do púlpito. Comprou-a e voltou para a igreja.

Começou a nevar. Apressou seus passos e quando chegava à porta da igreja uma velha senhora vinha correndo em direção contrária tentando pegar o ônibus, o que não conseguiu. O pastor convidou-a a entrar para esperar pelo próximo, abrigando-se do frio, que viria 45 minutos depois. Ela sentou-se num banco e nem prestava atenção no pastor que já providenciava a instalação da toalha de mesa na parede.

Ao terminar afastou-se e pôde admirar o quanto a toalha era linda e servia perfeitamente para esconder o estrago. Então, o pastor notou a velha encaminhando-se para ele. Seu rosto estava lívido e perguntou:-Pastor, onde o senhor encontrou essa toalha de mesa?

O pastor contou a história.

A mulher pediu-lhe que examinasse o canto direito inferior para encontrar as iniciais EBG, bordadas.

O pastor fez o que a mulher pediu e,intrigado, confirmou. A mulher disse: - Essas são as minhas iniciais.

Ela havia feito essa toalha de mesa há 35 anos, na Áustria. Contou que, antes da guerra, ela e seu marido estavam "bem-de-vida".Quando os nazistas invadiram seu país combinaram fugir; ela iria antes e seu marido a seguiria uma semana depois. Ela foi capturada, trancada numa prisão e nunca mais viu seu marido e sua casa.

O pastor ofereceu a toalha, mas, ela recusou, dizendo que estava num lugar muito apropriado. Insistindo, ofereceu-se para levá-la até sua casa; era o mínimo que poderia fazer. Ela morava em Staten Island e tinha passado o dia no Brooklin para um serviço de faxina.

No dia de Natal a igreja estava quase cheia. Foi um lindo trabalho. Ao final, o pastor e sua esposa cumprimentaram os fiéis um a um à porta e muitos diziam que retornariam.

Um velho homem, que o pastor reconheceu pela vizinhança, permaneceu sentado, atônito. O pastor aproximou-se e, antes que dissesse palavra, o velho perguntou:

- Onde o senhor conseguiu a toalha de mesa da parede? Ela é idêntica à uma que minha mulher fêz, muitos anos atrás, quando vivíamos na Áustria, antes da guerra. Como poderiam existir duas toalhas tão parecidas?

Imediatamente, o pastor entendeu o que tinha acontecido e disse:

- Venha eu vou levá-lo a um lugar que o senhor vai gostar muito.

No caminho o velho contou a mesma história da mulher. Ele, antes de poder fugir, também havia sido preso e nunca mais pôde ver sua mulher e sua casa, por 35 anos.

Ao chegar à mesma casa onde deixara a mulher, três dias antes, ajudou o velho a subir os três lances de escadas e bateu na porta.

Creio que não há necessidade de se contar o resto da história. Quem disse que Deus não trabalha de maneira misteriosa? Nada acontece por acaso!

Nas minhas orações de hoje estou pedindo a Deus que abençoe você... que o guie... que o proteja. O amor de Deus está sempre com você, Suas promessas são verdadeiras.

Quando seu caminho parece difícil, lembre-se de entregar-se em Seus braços e Ele fará o resto. Quando encontrar alguém sem um sorriso, Dê-lhe o seu! Não lhe custa nada... mas, pode valer muito para este alguém! A vida pode não ser a festa que gostaríamos que fosse, mas, enquanto estivermos por aqui, devemos ser e fazer os outros felizes!

Autor: desconhecido

A Janela

Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital.

Um deles, podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões. A sua cama estava junto da única janela do quarto.

O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas. Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, dos seus empregos, onde tinham passado as férias...

E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto, todas as coisas que ele conseguia ver do lado de fora da janela.

O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora da janela.

A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem, e uma tênue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte.

Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena.

Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar. Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas.

Dias e semanas passaram.

Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo.

Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca. Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto.

Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela... que dava, afinal, para uma parede de tijolo!

O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto, lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela.

A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. "Talvez ele quisesse apenas dar-lhe coragem...".

Moral da História: Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas. A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada.

Se te queres sentir rico, conta todas as coisas que tens que o dinheiro não pode comprar. "O dia de hoje é uma dádiva, por isso é que lhe chamam o presente." Pense nisso!

Autor: Desconhecido

A Gravidez de um Pai

A gravidez de um pai não se dá nas entranhas, mas fora delas. Ela se dá primeiro no coração, onde o sentimento de paternidade é gerado.

Um desejo de ser e de se ver prolongado em outra vida, que seja parte de si mesmo, mas com vida própria.
Imagino que deve ser frustrante a princípio.

Durante toda a espera, um pai é um pai sem experimentar o gosto de ser, sem os incovenientes de uma gravidez, mas também sem as lindas emoções que tanto mexem com a gente.

E quando ele sente pela primeira vez a vida que ajudou a gerar, tudo toma outra forma. Ele sente um chute e se diz já que este será um grande jogador de futebol. E muitas vezes se surpreende e se maravilha quando vê uma princesinha que sabe chutar tão bem. Mas tanto faz. Está ali um sonho que se torna palpável.

E um parto de um pai se dá quando ele pega pela primeira vez sua criança nos braços, quando ele se vê em características naquele serzinho tão miudinho que nem se dá conta ainda que veio ao mundo e que se tornou o mundo de alguém.

E os sentimentos e emoções se atropelam dentro dele. E ele sente que, à partir desse instante, a vida nunca mais será a mesma.

E ele precisa olhar dez, cem, mil vezes para acreditar que tudo não passa de um sonho. E geralmente há um enorme sentimento de orgulho que toma posse dele.

Assim se forma um pai. Pronto para ensinar tudo o que aprendeu da vida, um dia ele descobre que não sabe realmente muito, que na verdade aprende a cada instante.

Diante da sua criança ele se torna um adulto vulnerável e acessível. E vai gerando, pouquinho a pouquinho, dentro de si mesmo, a arte de se tornar um pai.

Letícia Thompson

Não basta ser Pai… tem que participar
Faz lembrar aquele comercial criado por Duda Mendonça em 1984, ganhador do Leão de Ouro em Cannes por direção e criação. Um dos clássicos da propaganda brasileira e uma bela homenagem ao Dia dos Pais.

Vídeos:
1)GELOL
Não basta ser Pai… tem que participar


2)SPRITE
Não basta ser pai...

A Formiga e o Mundo Corporativo

Você se lembra dos antigos bichinhos virtuais, também conhecidos como tamagotchi? O Ant's Life Studioé um equivalente no qual você pode criar comunidades inteiras de formigas. Sitedo produto.

“Todos os dias, a formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. Era produtiva e feliz.

O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.

A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.

Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.

O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.

A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida.

Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!

O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava.

O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial.

A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.

A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo que era preciso fazer um estudo de clima. Mas, o marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.

A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório com vários volumes que concluía: "há muita gente nesta empresa".

E adivinha quem o marimbondo mandou demitir?

A formiga, claro!

Porque ela andava muito desmotivada e aborrecida."

(Desconheço o autor)

Conselho

Conselho
eu posso não saber muito
do que a vida é
nem tive tempo ainda
para errar tanto
mas se te falta um conselho
que seja bom ou ruim
é que nisso tudo
de se ser feliz ou coisa do tipo
o amor pode até não ser regra,
mas não deixe ele ser exceção

Cáh Morandi

Espaços Vazios
Nunca soube o que fazer
com os espaços que ficam
depois que alguém vai embora
uma dúvida insiste
e de tanto, o meu tentar desiste
de trocar a ausência
por qualquer coisa que fira menos:
nada para repor
nada para suprir
nada que realmente comportasse
o encanto de algo que ficou
para trás

Cáh Morandi

Meu Lar

não precisa marcar hora
odeio datas, odeio dias
nada que tenha contagem me agrada
nada me seja marcado com antecedência
é bom surpreender-se com as surpresas
deixar que cheguem as novidades coloridas
no mais, me importa o que sei:
te recebo em cada segundo da minha vida.

Cáh Morandi

Um bom lugar
bobagem a gente pensar que passa...

que o tempo passa,
que os dias voam,
que a fila anda,
que a vida segue,
se o passado revive
se a lembrança persegue,
se não há tempo que carregue
o desejo de ficar à toa
no pensamento, numa saudade boa,
em uma vontade, em um sossego,
em uma pessoa

Cáh Morandi

Fonte: aqui

A difícil arte da fé

Ter fé é banir da vida o "e se?"
e caminhar com a cabeça erguida,
sem olhar para trás e nem para os lados;
é ter a convicção de que aconteça o que acontecer,
o objetivo será atingido.

Há quem pense que ter fé
é se jogar num buraco escuro,
sem saber o que o espera embaixo;
mas é exatamente o contrário.
Quem tem fé se joga no buraco escuro sim,
mas ele sabe, através dos olhos espirituais,
o que o espera e não duvida disso;
ele constrói sua arca com a certeza que a chuva virá;
ele abre os olhos para a promessa e fecha os ouvidos
para os que tentam fazê-lo desistir com dúvidas;
ele anda sobre as águas e sente terra firme sob os pés;
ele vê saídas e continua a caminhar onde outros desistiram.

Temos fé quando temos a certeza absoluta
que não estamos sós.
Sabemos que uma Mão nos guia,
Braços nos esperam e isso nos reconforta.

Perdemos bênçãos por que no meio do caminho,
principalmente se este for longo, começamos a questionar.
Mas não é fácil pra ninguém
manter-se em posição de fé quando
tudo parece contrário ao que se espera.

As pessoas mais próximas de Jesus duvidaram.
Pedro começou a afundar ao andar sobre as águas,
os discípulos todos entraram em pânico
por causa de uma tempestade, mesmo sabendo o Mestre do lado
e Tomé quis tocar a ferida com as próprias mãos.

Somos assim, nós, incrédulos,
porque somos por demais materialistas.
Fôssemos mais espirituais
e nossa vida seria diferente.
Quem só acredita naquilo que vê,
só experimenta daquilo que vê;
quem acredita em Deus,
experimenta a diversidade de bênçãos
que Deus coloca a nossa disposição.


A fé é um exercício diário de confiança em Deus
e é o resultado da convivência com Ele.
Só que Deus não é um Deus que se impõe.
A nós cabe a busca.

Quem já tem fé planta em desertos
e vê campos floridos.
Quem não tem, peça que Deus dá com alegria.


© Letícia Thompson

A Boneca e a Rosa Branca

Apressada, entrei em um shopping center para comprar alguns presentes de última hora para o Natal. Olhei para toda aquela gente ao meu redor e me incomodei um pouco. "Ficarei aqui uma eternidade; com tantas coisas para fazer", pensei.

O Natal já havia se transformado quase em uma doença. Estava pensando em dormir enquanto durasse o Natal. Mas me apressei o máximo que pude por entre as pessoas que estavam no shopping.

Entrei numa loja de brinquedos. Mais uma vez me surpreendi reclamando para mim mesma sobre os preços. Perguntei-me se os meus netos realmente brincariam com aquilo.

Parti para a seção de bonecas. Em uma esquina encontrei um menino de aproximadamente 5 anos segurando uma boneca bem cara. Estava tocando seus cabelos e a segurava com muito carinho. Não pude me conter; fiquei olhando para ele fixamente e perguntava-me para quem seria a boneca que ele segurava com tanto apreço, quando dele se aproximou uma mulher que ele chamou de tia.

O menino lhe perguntou: _"Tia o dinheiro que eu tenho é suficiente pra comprar esta boneca?".

E a mulher lhe falou com um tom impaciente:

_"Você sabe que não tem dinheiro suficiente para comprá-la".

A mulher disse ao menino que permanecesse onde estava enquanto ela buscava outras coisas que lhe faltavam.

O menino continuou segurando a boneca. Depois de um tempo, me aproximei e perguntei-lhe para quem era a boneca.

Ele respondeu: _"Esta é a boneca que a minha irmãzinha tanto queria ganhar no Natal.".

Então eu disse ao o menino que o Papai Noel ia dar a boneca.

Mas ele me disse: _"Não, Papai Noel não pode ir aonde minha irmãzinha está. Eu tenho que entregá-la à minha mãe para que ela leve até a minha irmãzinha".

Então eu lhe perguntei onde estava a sua irmã.

O menino, com uma feição triste, falou: _"Ela se foi com Jesus. Meu pai me disse que a mamãe irá encontrar-se com ela".

Meu coração quase parou de bater. Voltei a olhar para o menino.

Ele continuou: _"Pedi ao papai para falar a mamãe para que ele espere até que eu volte do shopping com a boneca".

O menino me perguntou se eu gostaria de ver umas fotos sua foto e respondi-lhe que adoraria. Então, ele tirou do seu bolso algumas fotografias que tinham sido tiradas em frente ao shopping e me disse: _"Vou pedir pro papai levar estas fotos pra que a minha mãe nunca se esqueça de mim. Gosto muito da minha mãe, não queria que ela fosse embora. Mas o papai disse que ela tem que ir encontrar a minha irmãzinha".

Me dei conta de que o menino havia baixado a cabeça e ficado muito calado. Enquanto ele não olhava, coloquei a mão na minha carteira e retirei algumas notas. Pedi ao menino para que contasse o dinheiro novamente.

Ele disse: _"Eu sei que é "suficiente". E começou a contar o dinheiro outra vez. O dinheiro agora era suficiente para pagar a boneca.

O menino, disse: "Graças a Deus agora eu tenho o dinheiro suficiente pra comprar esta boneca. Ele ouviu a minha oração. Eu queria pedir dinheiro suficiente pra comprar uma rosa branca pra minha mãe também, mas não pedi. Mas Ele me deu o bastante pra comprar a boneca da minha irmãzinha e pra a rosa da minha mãe. Ela gosta muito de rosas brancas...".

Em alguns minutos a sua tia voltou e eu, desapercebidamente, fui embora.

Enquanto terminava as minhas compras, com um espírito muito diferente de quando havia começado, não conseguia deixar de pensar naquele menino.

Segui pensando em uma história que havia lido dias antes num jornal, a respeito de um acidente, causado por um condutor alcoolizado, no qual uma menininha falecera e sua mãe ficara em estado grave. A família estava discutindo se deveria ou não manter a mulher com vida artificial.

Logo me dei conta de que aquele menino pertencia a essa família.

Dois dias mais tarde li no jornal que a mulher do acidente havia sido removida das máquinas que a mantinham viva e morrido. Não conseguia tirar o menino da minha mente.

Mais tarde, comprei um buquê de rosas brancas e as levei ao funeral onde estava o corpo da mulher.

E ali estava; a mulher do jornal, com uma rosa branca em uma de suas mãos, uma linda boneca na outra, e a foto de seu filho no shopping.

Eu chorava e chorava... Minha vida havia mudado para sempre. O amor daquele
menino pela sua mãe e irmã era enorme. Em um segundo, um condutor alcoolizado havia destroçado a vida daquela criança.

Autor: desconhecido

A Bomba D'água

Um certo homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede. Foi quando ele chegou a uma casinha velha - uma cabana desmoronando - sem janelas, sem teto, batida pelo tempo.

O homem perambulou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou, fugindo do calor do sol desértico. Olhando ao redor, viu uma bomba a alguns metros de distância, bem velha e enferrujada. Ele se arrastou ate ali, agarrou a manivela, e começou a bombear sem parar. Nada aconteceu.

Desapontado, caiu prostrado para trás e notou que ao lado da bomba havia uma garrafa. Olhou-a, limpou-a, removendo a sujeira e o pó, e leu o seguinte recado: "Você precisa primeiro preparar a bomba com toda a água desta garrafa, meu amigo. PS.: Faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir."

O homem arrancou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava a água! De repente, ele se viu em um dilema: Se bebesse aquela água poderia sobreviver, mas se despejasse toda a água na velha bomba enferrujada, talvez obtivesse água fresca, bem fria, lá no fundo do poço, toda a água que quisesse e poderia deixar a garrafa cheia para a próxima pessoa, mas talvez isso não desse certo.

Que deveria fazer? Despejar a água na velha bomba e esperar a água fresca e fria ou beber a água velha e salvar sua vida?

Deveria perder toda a água que tinha na esperança daquelas instruções pouco confiáveis, escritas não se sabia quando?

Com relutância, o homem despejou toda a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear... e a bomba começou a chiar. E nada aconteceu!

E a bomba foi rangendo e chiando. Então surgiu um fiozinho de água; depois um pequeno fluxo, e finalmente a água jorrou com abundancia!

A bomba velha e enferrujada fez jorrar muita, mas muita água fresca e cristalina. Ele encheu a garrafa e bebeu dela ate se fartar.

Encheu-a outra vez para o próximo que por ali poderia passar, arrolhou-a e acrescentou uma pequena nota ao bilhete preso nela: "Creia-me, funciona! Você precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta!"

Podemos aprender coisas importantes a partir dessa breve história:

1. Nenhum esforço que você faça será valido, se ele for feito da forma errada. Você pode passar sua vida toda tentando bombear algo quando alguém já tem reservado a solução para você. Preste atenção a sua volta! Deus esta sempre pronto a suprir sua necessidade!
2. Ouça atentamente o que Deus tem a te dizer através da Bíblia e confie. Como esse homem, nos temos as instruções por escrito a nossa disposição. Basta usar.
3. Saiba olhar adiante e compartilhar!

Aquele homem poderia ter se fartado e ter se esquecido de que outras pessoas que precisassem da água poderiam passar por ali. Ele não se esqueceu de encher a garrafa e ainda por cima soube dar uma palavra de incentivo. Se preocupe com quem esta próximo de você, lembre-se: você só poderá obter água se a der antes. Cultive seus relacionamentos, de o melhor de si!

A Vida

Quando a solidão nos pega desprevenidos e,
chegando sem mais avisos, se instala,
começando a abrir e remexer baús antigos,
descobrindo fantasmas esquecidos
e espanando a poeira das armaguras,
transportamo-nos para fora de nosso corpo e,
entre devaneios e dúvidas, refletimos sobre a vida.

Ah! A vida! Quantas vezes nossas queixas
beiram o insuportável,
quantos problemas nos parecem insolúveis
e as esperanças (ah! As esperanças!)
como se assemelham
a pálidas chamas de velas em final de pavio...

Nestes instantes, questionamo-nos
sobre os tantos porquês de nossa existência,
sobre tantos porquês...
Mas quando a incômoda visitante vai-se embora,
recompomo-nos das desilusões e mágoas
e um sorriso da paz volta a abrir nossos lábios cerrados.
Retomamo-nos o cotidiano largado e, num suspiro de alívio,
voltamos a viver, com a certeza de que vale a pena estar vivo!

fonte

Blog de Cristal

A Torcida é Grande



"Mesmo antes de nascer,
já tinha alguém torcendo por você.
Tinha gente que torcia para você ser menino.
Outros torciam para você ser menina.
Torciam para você puxar a beleza da mãe,
o bom humor do pai.
Estavam torcendo para você nascer perfeito.
Daí continuaram torcendo.

Torceram pelo seu primeiro sorriso,
pela primeira palavra, pelo primeiro passo.
O seu primeiro dia de escola foi a maior torcida.
E o primeiro gol, então?
E de tanto torcerem por você,
você aprendeu a torcer.

Começou a torcer para ganhar muitos presentes
e flagrar Papai Noel.
Torcia o nariz para o quiabo e a escarola.
Mas torcia por hambúrguer e refrigerante.
Começou a torcer até para um time.
Provavelmente, nesse dia, você descobriu que
tem gente que torce diferente de você.

Seus pais torciam para você comer de boca fechada,
tomar banho, escovar os dentes, estudar inglês e piano.
Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana.

Seus amigos torciam para você usar brinco,
cabular aula, falar palavrão.
Eles também estavam torcendo para você ser bacana.
Nessas horas, você só torcia para não ter nascido.

E por não saber pelo que você torcia, torcia torcido.
Torceu para seus irmãos se ferrarem,
torceu para o mundo explodir.

E quando os hormônios começaram a torcer,
torceu pelo primeiro beijo,
pelo primeiro amasso.

Depois começou a torcer pela sua liberdade.
Torcia para viajar com a turma, ficar até tarde na rua.
Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa.

Passou a torcer o nariz para as roupas da sua irmã,
para as idéias dos professores
e para qualquer opinião dos seus pais.
Todo mundo queria era torcer o seu pescoço.
Foi quando até você começou a torcer pelo seu futuro.

Torceu para ser médico, músico, advogado.
Na dúvida, torceu para ser físico nuclear
ou jogador de futebol.
Seus pais torciam para passar logo essa fase.
No dia do vestibular, uma grande torcida se formou.
Pais, avós, vizinhos, namoradas
e todos os santos torceram por você.

Na faculdade, então, era torcida pra todo lado.
Para a direita, esquerda, contra a corrupção,
a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina.

E, de torcida em torcida,
um dia teve um torcicolo de tanto olhar para ela.
Primeiro, torceu para ela não ter outro.

Torceu para ela não te achar muito baixo, muito alto,
muito gordo, muito magro.
Descobriu que ela torcia igual a você.
E de repente vocês estavam torcendo
para não acordar desse sonho.

Torceram para ganhar a geladeira, o microondas
e a grana para a viagem de lua-de-mel.
E daí pra frente você entendeu
que a vida é uma grande torcida.

Porque, mesmo antes do seu filho nascer,
já tem muita gente torcendo por ele.
Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você
ainda não tenha conquistado algumas coisas.

Mas muita gente ainda torce por você!
Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa) do mundo,
mas a poesia (inexplicável) da vida.

Carlos Drummond de Andrade

A Metáfora da Metamorfose



Era feia. Era desengonçada e muito feia. Se arrastava meio sem jeito; e tentava passar sem chamar a atenção.

Olhava para o chão, tinha vergonha de ser quem era. Odiava sua existência medíocre: queria ser melhor, maior e mais bonita.

Queria que todos a seu redor suspirassem sua beleza, e ansiassem para vê-la passar. Se ao menos tivesse uma única razão para estar lá... Mas não tinha.

Nasceu para sofrer e reclamar, é assim que devia ser. É a ordem natural das coisas, e por quê? Por que uma existência de busca pelo canto mais escuro? Valeria a pena? Tinha medo de respostas.

Ela era boa... Tinha certeza que era! Mas toda sua bondade vinha coberta por uma casca feia e apodrecida. Asquerosa. Tudo que havia de bom nela estava escondido também. Estava endurecido, ou talvez até necrosado.

Vivia aquela vida que não era vida. Não, ela não vivia. Ela existia apenas. Tentava sobreviver, às vezes.

Comia porque seu estômago não lhe dava outra alternativa. E ela também não pensava em morrer... Ainda.

Aos poucos, foi ficando cada vez mais lenta. Mover-se transformou-se em tortura. Sentia vergonha... Não queria mais se expôr.

O Sol era-lhe profano de tão colorido e brilhante. Iluminá-la era um insulto! Queria a escuridão, o silêncio, o estático. Mas ainda sentia fome.

Até o dia que a comida pareceu apenas acumular-se no estômago, pesando cada vez mais, e mover-se ficou ainda mais penoso.

Que bênção! Enfim, conseguiu motivos para se alegrar. Não queria mover-se e, agora, nem precisava. Podia simplesmente ficar ali esperando a morte. Sua hora estava chegando!

Fechou os olhos, fechou todos os sentidos. Não viu mais nada. Esperou o tempo passar como se não existisse mais tempo. Perdeu a noção dos próprios limites, como se não existisse mais corpo.

Tudo que ela conhecia até então transformou-se em conceitos abstratos e distantes. Fechou-se em uma placenta que, enfim, lhe traria à verdadeira vida.

A morte, quem sabe. E a escuridão... E a escuridão... Mergulhou no infinito. Não sabia bem onde estava, e nem sabia quem era.

De repente, ela já não tinha mais uma forma, tinha todas. Ela era... algo assim... que não podia explicar.

Entretando, ela sabia, alguma coisa crescia dentro dela. Algum fogo. Uma convulsão tomou conta do seu ser, aos poucos... num sopro.

Um sopro, que tranformou-se em vento, que metamorfoseou-se para tufão. Viu uma luz. Não a luz profana, mas uma luz quente, que atraía-lhe. Irresistível, enigmática. Buscou a luz! E a placenta do infinito rompeu-se.

Luzes! Cores! Ela ganhava o céus, abrigava o mundo. Olhou para os lados, e viu que tinha asas. Voava.

Dia do Combate ao Fumo



Dia 29 de Agosto Dia do Combate ao Fumo. Faço minhas as palavras do Dr. Drauzio Varella: Incrível como esse tema ainda gera discussões acaloradas. Como é possível considerar a proibição de fumar, nos lugares em que outras pessoas respiram, uma afronta à liberdade individual?

As evidências científicas de que o fumante passivo também fuma são tantas e tão contundentes, que os defensores do direito de encher de fumaça bares, restaurantes e demais espaços públicos só podem fazê-lo por duas razões: ignorância ou interesse financeiro. Sinceramente, não consigo imaginar terceira alternativa.

Vamos começar pela ignorância. Num país de baixos níveis de escolaridade como o nosso, nem todos têm acesso a conhecimentos básicos. A fumaça expelida dos pulmões fumantes contém, em média, um sétimo das substâncias voláteis e particuladas do total inalado. Já aquela liberada a partir da ponta acesa contém substâncias tóxicas em concentrações bem maiores: três vezes mais nicotina, três a oito vezes mais monóxido de carbono, 47 vezes mais amônia, quatro vezes mais benzopireno e 52 vezes mais DNPB (estes dois, cancerígenos potentes).

Por serem de tamanho menor, as partículas que se desprendem da ponta acesa, produzidas durante 96% do tempo em que um cigarro é consumido, penetram com mais facilidade nos alvéolos pulmonares.

Depois de uma manhã de trabalho num escritório em que várias pessoas fumam, a concentração de nicotina no sangue de um abstêmio pode atingir os níveis de quem tivesse fumado três a cinco cigarros. Empregados de bares e restaurantes, que passam seis horas em ambientes carregados de fumaça, chegam a ter concentrações sanguíneas de nicotina equivalentes a de quem fumou cinco ou mais cigarros.

Mulheres gestantes expostas à poluição do fumo, em casa ou no trabalho, apresentam nicotina não apenas na corrente sanguínea, mas no líquido amniótico e no cordão umbilical do bebê.

A nicotina inalada pelo fumante passivo, associada ao monóxido de carbono, provoca lesões nas paredes internas das coronárias, redução do fluxo de sangue e do aporte de oxigênio para o músculo cardíaco, facilitando a formação de placas de ateroma e a ocorrência de infartos.

Um estudo feito por um grupo da Universidade Harvard entre 32.046 mulheres que nunca fumaram, ao contrário de seus maridos, mostrou que a incidência de doença coronariana entre elas atingiu quase o dobro daquela encontrada entre mulheres não expostas.

Pesquisa da Universidade Yale com 10 milhões de mulheres de maridos fumantes revelou que a incidência de câncer de pulmão foi o dobro da esperada entre não fumantes.
Há poucos meses, citei um estudo recém-publicado pela Universidade de Glasgow, na Escócia, para avaliar o impacto da lei que proibiu o fumo em bares e restaurantes na incidência de ataques cardíacos.

Nos dez meses que antecederam a vigência da lei, foram internados nos hospitais de Glasgow 3.235 pacientes com quadros coronarianos agudos. Nos dez meses seguintes à proibição, houve 551 casos a menos. Houve queda em todos os grupos: 14% nos fumantes, 19% nos ex-fumantes e 21% nos não-fumantes, a diminuição mais acentuada.

Para não abusar de sua paciência, leitor, serei breve: os dados são inequívocos, os fumantes passivos estão sujeitos a sofrer dos mesmos males que afligem os ativos. Agora, vamos ao interesse pessoal dos que entendem que proibir a poluição ambiental causada pelo fumo é uma interferência do Estado na liberdade individual. Se ainda não foi inventado um método de exaustão capaz de impedir que a fumaça se dissemine pelo ambiente inteiro, esses senhores defendem o indefensável. Liberdade para através de uma ação individual causar mal à coletividade? Não sejamos ridículos.

Os sindicatos dos empregados de bares e restaurantes, que sempre se levantaram contra a proibição, alegando risco de desemprego (fato que não ocorreu em nenhuma cidade do mundo), que medidas tomaram até hoje para proteger seus associados da poluição ambiental em que trabalham? Alguma vez lutaram para que eles recebessem adicional de insalubridade? Para que tivessem um plano de saúde decente?
Não é função do Estado proteger o cidadão do mal que ele causa a si mesmo. Mas é dever, sim, defendê-lo do mal que terceiros possam fazer contra ele.


Fonte: aqui

Os fabricantes de cigarro levaram 40 anos para admitir o que já sabiam desde os anos 1950: o fumo causa câncer de pulmão. Nesse período, "a indústria do tabaco cometeu uma sucessão de fraudes, propagou mentiras com ares de controvérsia científica e enganou os consumidores num nível provavelmente inédito na história do capitalismo". Assim começa o excelente livro "O Cigarro", de Mario Cesar Carvalho.

Nele, o autor conta a história do cigarro desde suas origens. Diz que o capelão da primeira expedição francesa ao Brasil, em 1556, já relatou seu uso entre os tupinambás. Daqui, o fumo emigrou clandestinamente para Portugal e para a Espanha.

Fumar cigarro era raridade até o final do século 19. Em 1880, cerca de 58% dos usuários de tabaco eram mascadores de fumo, 38% fumavam charuto ou cachimbo, 3% cheiravam rapé e apenas 1% era fumante de cigarro. Nesse ano, o americano James A. Bonsack inventou uma máquina capaz de enrolar 200 cigarros por minuto, o que criou condições para o aparecimento da indústria.

Então veio a distribuição de cigarros aos soldados nas trincheiras, durante a Primeira Guerra, e seu uso, que se achava restrito às camadas marginais das sociedades americana e européia, explodiu. Em 1900, o consumo anual americano era de cerca de 2 bilhões de cigarros; em 1930, chegou a 200 bilhões. As duas guerras mundiais, que afrouxaram a oposição ao cigarro, a urbanização acelerada, a criação do mercado de massa e a expansão do mercado de trabalho, criaram as condições para que a epidemia do fumo se espalhasse pelo mundo, envolta em glamour por Hollywood, como símbolo de modernidade.

Descrito com clareza o cenário que levou à disseminação dessa praga do século 20 pelos cinco continentes, o autor mostra como ocorreu a tomada de consciência da sociedade em relação aos malefícios do fumo e como a indústria boicotou as informações científicas que esclareciam a associação do cigarro com o câncer e com as doenças cardiovasculares. Até a década passada, por exemplo, a indústria se negava a reconhecer até o mais óbvio: que a nicotina provoca dependência, num deboche cínico aos que enfrentam o tormento de parar de fumar.

Essa guerra suja, engendrada por executivos de terno e gravata e por pesquisadores sem escrúpulos alugados por eles, é apresentada de forma sucinta e contundente, justificando plenamente a conclusão inicial de que a indústria enganou de forma vil os consumidores, provocando milhões de mortes evitáveis.

A estratégia de rebater todas as evidências de que o cigarro provoca doenças mortais conseguiu assegurar aos fabricantes o direito de manter, por muitos anos, a propaganda do cigarro pelos meios de comunicação de massa, com mensagens dirigidas a adolescentes, concebidas para aliciá-los à escravidão da dependência de nicotina. Existe, na história do capitalismo, exemplo mais abominável de crime contra as crianças, perpetrado em nome do lucro?

Nos dias de hoje, esse aliciamento criminoso se faz sentir especialmente nos países em desenvolvimento, nos quais a defesa da saúde pública ensaia os primeiros passos e a vida humana parece valer menos. Conformada com a perda de mercado nos países industrializados, a indústria do fumo descarrega seu poder de fogo para conquistar novos dependentes nos países pobres.

No Brasil, apesar do avanço inegável dos últimos anos, a adoção de medidas restritivas à publicidade do cigarro aconteceu com 30 anos de atraso em relação aos Estados Unidos, como nos lembra o autor. Desde 1971, é proibido anunciar cigarro na TV americana; no Brasil, a proibição foi feita há pouco mais de um ano. Durante 30 anos, nossas crianças foram bombardeadas com mensagens para induzi-las a fumar, enquanto as americanas eram protegidas pela legislação de seu país.

Da mesma forma, atualmente, enquanto as multinacionais da indústria de tabaco concordaram em pagar 246 bilhões de dólares para convencer os 50 estados americanos a desistir de mover contra elas ações por fraude contra a saúde pública, aqui não arcam nem sequer com um centavo das despesas com o tratamento das doenças provocadas pelo cigarro. Por quê? Para essas companhias, a vida de um cidadão americano vale mais?

Nesse campo vale a pena acompanhar com todo o cuidado a ação que a Associação em Defesa da Saúde do Fumante (Adesf) move contra a Souza Cruz e a Philip Morris e que conseguiu, no Supremo Tribunal, a inversão do ônus da prova, isto é, as companhias é que terão de provar que cigarro não vicia. Foi uma ação similar a essa que possibilitou o acordo de US$ 246 bilhões nos Estados Unidos, como bem ressalta Carvalho.

O ponto alto do livro, no entanto, está no capítulo "Por que o Cigarro Conquistou o Mundo". Nele, o autor toca num ponto quase nunca lembrado, mas absolutamente fundamental para entender qualquer dependência química: o usuário sente prazer ao consumir a droga.

No caso da nicotina, esse prazer está ligado à sua interação imediata com receptores dos neurônios situados em áreas do cérebro associadas às sensações de prazer e de recompensa e à busca da repetição do estímulo que provocou o prazer. Se um cigarro for consumido em dez tragadas, o autor calcula, o cérebro do fumante de um maço por dia verá esse circuito repetir-se 73 mil vezes por ano. E pergunta com lógica cristalina: que outra droga provoca 73 mil impactos de prazer num ano? Nessa pergunta elementar está a resposta à dificuldade enfrentada pelos 80% ou mais dos que fracassam na tentativa de abandonar o cigarro. Nela está a explicação de por que é mais difícil largar do cigarro do que do álcool, da maconha, da cocaína, da heroína, da morfina ou do crack.

O cigarro é, hoje, o maior problema de saúde pública mundial. Mata mais que a Aids, a Malária e a varíola, juntas. No Brasil, morrem cerca de 105 mil pessoas por ano ( fonte INCA- MS), tendo dedos, pernas, braços amputados; sem poderem respirar por conta de câncer de pulmão ou enfisema; sem mandíbulas; com o rosto desfigurado; sem esôfago; com câncer de próstata, etc. Imagine um Maracanã lotado, em dia de final de campeonato. Um ano depois, imagine-o vazio, triste e escuro. Todos se foram por conta do cigarro. E depois de uma carga enorme de sofrimentos.

E, infelizmente, quem paga esta conta é o povo brasileiro. Todos nós: você e eu, através dos impostos. Vamos fazer os fabricantes de cigarros pagarem isto. Vamos punir quem deve ser punido. Afinal de contas, eles faturam e nós pagamos as contas? Não deixe isto continuar, principalmente se você já conviveu com - e pagou por - este tipo de problema.

Nos últimos 30 anos, o fumo provocou um milhão de óbitos no Brasil e o prognóstico para os próximos quinze anos é de mais sete milhões de mortes;

Há no cigarro 4.730 produtos tóxicos, como a nicotina, o alcatrão, agrotóxicos, substâncias radioativas, metais pesados e monóxido de carbono;

O fumo provoca infarto, efisema pulmonar, derrame cerebral, osteoporose, e sobretudo cânceres (pulmão, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, colo do útero, bexiga). E também impotência, menopausa precoce, rugas, aborto espontâneo, prematuridade e morte perinatal;

A fumaça lateral do cigarro, assimilada pelo fumante passivo, tem três vezes mais nicotina e cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a expirada pelos tabagistas;

Num recinto onde o fumo é permitido, ao final de oito horas o não fumante terá consumido quatro cigarros, aumentando em até duas vezes sua chance de ter câncer de pulmão;

O dinheiro gasto anualmente com exames, internações e medicamentos decorrentes de doenças do fumo é suficiente para construir quinze hospitais.

O consumo de tabaco porá fim prematuramente à vida de dez milhões de pessoas até 2020, caso a tendência atual continue.

É o único produto legal que causa a morte da metade de seus usuários regulares. Isto significa que de 1,3 bilhão de fumantes no mundo, 650 milhões vão morrer prematuramente por causa do cigarro, diz a OMS.

O tabaco causa prejuízos de mais de 200 bilhões de dólares ao ano no mundo. No Egito, o custo anual do tratamento de doenças vinculadas ao tabagismo chega a 545 milhões de dólares e na China a 6,5 bilhões de dólares, segundo os últimos números disponíveis.

Mais de um milhão de pessoas de 350 milhões de fumantes morrem vítimas do tabagismo a cada ano na China e, segundo a OMS, este número poderia chegar a três milhões em 2050

Composição do cigarro

Nicotina. É a causadora do vício;
Benzopireno. Substância que facilita a combustão existente no papel que envolve o fumo;
Nitrosaminas;
Substâncias radioativas. Como o polônio 210 e carbono 14;
Agrotóxicos. Como o DDT;
Solventes. Como o benzeno;
Metais pesados. Como chumbo e o cádmio. Um cigarro contém de 1 a 2 mg, concentrando-se no fígado, rins e pulmões, tendo meia-vida de 10 a 30 anos, o que leva a perda de capacidade ventilatória dos pulmões, além de causar dispnéia, enfisema, fibrose pulmonar, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago;
Níquel e arsênico. Armazenam-se no fígado e rins, coração, pulmões, ossos e dentes, resultando em gangrena dos pés, causando danos ao miocárdio etc;
Cianeto hidrogenado;
Amônia. Utilizado em limpadores de banheiro;
Formol. Componente de cadáver;
Monóxido de carbono. É o mesmo gás que sai dos escapamentos de automóveis, e como tem mais afinidade com a hemoglobina do sangue do que o próprio oxigênio, toma o lugar do oxigênio, deixando o corpo do fumante - ativo ou passivo - totalmente intoxicado;
E mais de 4.700 substâncias com cerca de 700 cancerígenas.


Saiba mais: aqui
Fonte: Aqui

23/03/2010

Enlou-cresça... ♥


O dia seguinte é o dia mais importante da sua vida.
Porque no dia seguinte é que sabemos se o dia de ontem valeu a pena.

Dance, dance como se ninguém estivesse vendo você,
Trabalhe como se não precisasse de dinheiro,
Corra como se não houvesse a chegada,
Ame como se nunca tivesse sido magoado antes,
Acredite como se não houvesse frustração,
Grite como se ninguém estivesse ouvindo,
Beije como se fosse eterno,
Sorria como se não existissem lágrimas,
Abrace como se fossem todos amigos,
Durma como se não houvesse amanhã,
Crie como se não existisse crítica,
Vá como se não precisasse voltar,
Acorde como se você nunca mais fosse dormir de novo,
Faça a próxima viagem como se fosse a última,
Vista-se como se não conhecesse espelhos,
Proponha como se não existissem as recusas,
Brinque como se não tivesse crescido,
Levante como se não tivesse caído,
Case como se não houvesse outro,
Mergulhe como se não houvesse medo,
Ouça como se não existisse o certo ou errado,
Fale como se não existisse o certo ou errado,
Aprecie como se fosse eterno,
Viva como se não houvesse fim.!*

Enlou-cresça... ♥

Prefira ser invés de ter,
Sentir invés de fingir,
Andar invés de parar,
Ver invés de esconder...

As suas 24 horas tornam-se memoráveis
quando você lembra do que viveu com um sorriso, com saudades
e com vontade de repetir...

19/03/2010

Olhe-se no espelho


Essa história que eu vou contar agora aconteceu com uma mulher inteligente que estava fazendo uma palestra. Diz ela:


"Mês passado participei de um evento sobre o Dia da Mulher, era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades. E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha idade e, como não me envergonho dela, respondi. Foi um momento inesquecível... A platéia inteira fez um 'oooohh' de descrédito. Aí fiquei pensando: Pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?"

Onde não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado "juventude eterna". Estão todos em busca da reversão do tempo. Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas. Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas mesmo em idade avançada.A fonte da juventude chama-se mudança.

De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora. A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas. Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos. Mudança, o que vem a ser tal coisa?

Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho. Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada. Rejuvenesceu.

Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos. Rejuvenesceu.

Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol. Rejuvenesceu.

Toda mudança cobra um alto preço emocional. Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza. Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face.

Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna. Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho. Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.

Olhe-se no espelho...

(Martha Medeiros)

Aguenta Coração


Coração, diz pra mim
Por que é que eu fico sempre desse jeito
Coração, não faz assim
Você se apaixona e a dor é no meu peito
Pra que que você foi se entregar
Se na verdade eu só queria uma aventura
Porque você não pára de sonhar
É um desejo e nada mais
E agora o que é que eu faço
Pra esquecer tanta doçura
Isso ainda vai virar loucura
Não é justo entrar na minha vida
Não é certo não deixar saída, não é não
Agora agüenta coração
Já que inventou essa paixão
Eu te falei que eu tinha medo
Amar não é nenhum brinquedo
Agora agüenta coração
Você não tem mais salvação
Você apronta e esquece que você sou eu


José Augusto
Composição: Ed Wilson, Paulo Sérgio Valle e Prêntice

José Augusto - Aguenta coração

Temos pressa...

Achei este texto no blog da Geisy. Gostei e resolvi postar aqui...


Se tudo é para ontem, se a vida engata uma primeira e sai em disparada, se não há mais tempo para paradas estratégicas, caímos fatalmente no vício de querer que os amores sejam igualmente resolvidos num átimo de segundo.
Temos pressa para ouvir "eu te amo", não vemos a hora de que as regras de convívio fiquem estabelecidas: somos namorados, ficantes, casados, amantes?
Urgência emocional. Uma cilada.
Associamos diversas palavras ao amor: paixão, romance, sexo, adrenalina, palpitação. Esquecemos, no entanto, da palavra que viabiliza esse sentimento: paciência. Amor sem paciência não vinga.
Amor não pode ser mastigado e engolido com emergência, com fome desesperada. É preciso degustar cada pedacinho do amor, no que ele tem de amargo e de saboroso, no que ele tem de duro e de macio, os nervos do amor, as gorduras do amor, as proteínas do amor, as propriedades todas que ele tem. É uma refeição que pode durar uma vida.
Mas não. Temos urgência. Queremos a resposta do e-mail ainda hoje, queremos que o telefone toque sem parar, queremos que ele se apaixone assim que souber nosso nome, queremos que ela se renda logo após o primeiro beijo, e não toleraremos recusas, e não respeitaremos dúvidas, e não abriremos espaço na agenda para esperar! Temos todo o tempo do mundo, dizem uns; não há tempo a perder, dizem outros.
Ficamos perdidos no meio deste fogo cruzado, atingidos por informações. Parece que todos sabem mais do que nós, pobres de nós, que só queremos uma coisa nessa vida: ser amados. Podemos esperar por todo o resto: emprego, dinheiro, sucesso, mas não passaremos mais um dia sequer sozinhos.
"Te adoro", dizemos sei lá pra quem, para quem tiver ouvidos e souber responder "eu também", que a gente está mais a fim de acreditar do que de selecionar. Urgência emocional. Pronto-socorro do amor. Atiramos para todos os lados e somos baleados por qualquer um. E o coração leva um monte de pontos por causa dessa tragédia: pressa.

18/03/2010

Pequenas Coisas

Um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal: estes quatro elementos fazem parte de uma das melhores histórias sobre atendimento que conhecemos.

Um homem estava dirigindo há horas e, cansado da estrada, resolveu procurar um hotel ou uma pousada para descansar. Em poucos minutos, avistou um letreiro luminoso com o nome: Hotel Venetia. Quando chegou à recepção, o hall do hotel estava iluminado com luz suave.

Atrás do balcão, uma moça de rosto alegre o saudou amavelmente: "- Bem-vindo ao Venetia!" Três minutos após essa saudação, o hóspede já se encontrava confortavelmente instalado no seu quarto e impressionado com os procedimentos: tudo muito rápido e prático.

No quarto, uma discreta opulência; uma cama, impecavelmente limpa, uma lareira, um fósforo apropriado em posição perfeitamente alinhada sobre a lareira, para ser riscado. Era demais! Aquele homem que queria um quarto apenas para passar a noite, começou a pensar que estava com sorte.

Mudou de roupa para o jantar (a moça da recepção fizera o pedido no momento do registro). A refeição foi tão deliciosa, como tudo o que tinha experimentado,naquele local, até então. Assinou a conta e retornou para o quarto. Fazia frio e ele estava ansioso pelo fogo da lareira.

Qual não foi a sua surpresa! Alguém havia se antecipado a ele, pois havia um lindo fogo crepitante na lareira. A cama estava preparada, os travesseiros arrumados e uma bala de menta sobre cada um. Que noite agradável aquela!

Na manhã seguinte, o hóspede acordou com um estranho borbulhar. Saiu da cama para investigar. Simplesmente uma cafeteira ligada por um timer automático, estava preparando o seu café e, junto um cartão que dizia: "Sua marca predileta de café. Bom apetite!" Era mesmo! Como eles podiam saber desse detalhe? De repente, lembrou-se: no jantar perguntaram qual a sua marca preferida de café.

Em seguida, ele ouve um leve toque na porta. Ao abrir, havia um jornal. "Mas, como pode?! É o meu jornal! Como eles adivinharam?" Mais uma vez, lembrou-se de quando se registrou: a recepcionista havia perguntado qual jornal ele preferia.

O cliente deixou o hotel encantando. Feliz pela sorte de ter ficado num lugar tão acolhedor. Mas, o que esse hotel fizera mesmo de especial? Apenas ofereceram um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal!

Rubens Miola

17/03/2010

Cheiro de Amor

Era uma vez...
Alguns cientistas que disseram que a paixão tem a duração de 6, 18 ou 30 meses, com a finalidade de que os apaixonados se conheçam, criem vínculos e cheguem a procriação. Logo depois as sensações abrandam, porque o organismo se torna resistente aos "hormônios da paixonite", e exigem serem "alimentadas", de modo adequado e suficiente. Do contrário a paixão, aos poucos, se esvai. E ponto final.

Tenho observado que as exigências de uma paixão variam de acordo com a personalidade e sensibilidade dos envolvidos, mas terão sempre aquele estilo de tarefas ou prenda, uma versão das exigências que lemos nos livros infantis, como: devolver o sapatinho de cristal, ter a ideia de usar as tranças da Rapunzel, beijar um sapo, cuidar de sete anões, acordar a Bela Adormecida com um beijo... e transformar-se num "conto de fadas" com a possibilidade de um final feliz.

Fantasias à parte, no mundo adulto o amor alimenta-se de demonstrações múltiplas de carinho. Dá até pra cantar aquela música do Chico César interpretada pela Daniela Mercury, que diz: "É só pensar em você/ Que muda o dia/ Minha alegria dá pra ver/ Não dá pra esconder/ Nem quero pensar se é certo querer/ O que vou lhe dizer/ Um beijo seu/ E eu vou só pensar em você."

Então, parafraseando Chico César, "...nem quero pensar se é certo dizer O que vou lhe dizer: vou conquistá-lo" ou se vale acreditar nos cientistas e contar nos dedos os meses que ainda faltam pra que toda esta "loucura" acabe...

É loucura, pois basta ver o outro p'ra sentir aquela sensação esfuziante, encantadora; ficar boba mesmo diante de uma foto, qualquer foto, pode ser até aquela foto do perfil do orkut, aquela que a gente enjoa de ver, que nem está tão perfeita assim, mas que a gente adora... o carinho, o toque, o desejo de estar sempre junto, a saudade... são várias sensações envolvendo corpo e mente.

As emoções que acompanham a paixão podem ser múltiplas, se correspondida mas se o outro não compartilha do mesmo sentimento o apaixonado terá que rever a situação e decidir sua estratégia de conquista. As estratégias são inúmeras, mas vou destacar apenas três: o acordo, o ataque e a recuada.

Por experiência eu sei que o acordo e a recuada tem dado mais certo em casos de guerra... porque para o apaixonado estas duas estratégias significam apenas alternativas erradas. E ele prefere acreditar que vale a pena investir, insistir, atacar.

Fechar os olhos aos sinais explicitos de uma paixão não-correspondida, faz sentido. É verdade, pense naquele estar de bem com a vida, transbordando interesses pelo trabalho, por sonhos, projetos, e principalmente, naquele friozinho gostoso na espinha, nas palpitações só em ver ou estar perto da pessoa amada...

Observe, por mais que tente disfarçar o apaixonado sempre traz aquele brilho diferente nos olhos... que é claro é notado por amigos e familiares, e também pelo responsável por aquele olhar incandescente. Agora não sei porque "cargas d'água" o outro teima em se fazer de desentendido. Ele sabe. Parece até que vai confessar que sente o mesmo, avança 30, 50, 70% e recua, deixando o apaixonado sem palavras e muitas vezes sem chão.

Eu diria: "Tudo bem ninguem é perfeito", mas para o apaixonado a pessoa amada é maravilhosa, surpreendente, perfeita, incomum. Os defeitos estão bem ali. Todos eles, mas ele tem uma desculpa "esfarrapada" ou seria uma justificativa carinhosa, pra cada um deles.

Tudo é muito intenso na paixão. Os sentidos e as emoções se afloram e todo o corpo "fala", seja a paixão correspondida ou não. Amar rejuvenesce, faz o apaixonado acreditar ser capaz de tudo e de qualquer coisa, até mesmo de convencer o outro que ele é a pessoa de seus sonhos. Você sabe, o apaixonado tem aquela mania de se achar apaixonante, irresistível, mas nem sempre é assim, não é mesmo?!

Respeitar os limites do outro não é fácil. Sempre surge um assunto, qualquer um, para ser falado por telefonemas, e-mails, mensagens. Nossa! como explicar declarações fora de hora e certas loucuras feitas em nome do amor? Anote aí: Tudo deve ser minuciosamente calculado ou levado na esportiva, ao riso ou as lágrimas, porque se não houver reciprocidade o efeito destas "armações ilimitadas" será desastroso.

Dói reconhecer mas a realidade é tão insistente quanto a paixão e também não abandona o apaixonado "logo de cara". Então, aceitar a recusa torna-se inevitável para que pelo menos a amizade seja mantida. A paixão não tem razão. Acontece e pronto! Contudo, lutar por uma paixão é bem diferente de insistir com uma pessoa que nada quer com a gente, mesmo que o apaixonado desconheça a diferença entre as duas coisas.

Dizem alguns cientistas que os sintomas da paixão não correspondida amenizam ou desaparecem em torno de 6 meses e a pessoa estará pronta para se apaixonar novamente... Lembre-se a paixão não correspondida é uma rua de mão única: Você pode até estacionar, mas uma hora ou outra, terá que dar meia-volta... porque esta é uma História Sem Fim.

13/03/2010

Dos "inta" aos "enta"



Subvertendo o estereótipo da meia-idade, eu mulher de QUASE 39 anos me sinto cada vez mais no auge. E faço questão de celebrar isso. Se até pouco tempo essa virada no calendário era guardada quase como um segredo, "Ah se eu pudesse e meu dinheiro desse..." comemoraria em grande estilo...

Se os projetos de vida de uma mulher tradicional era chegar aos 30 - de preferência bem casada, para evitar o rótulo de solteirona ou encalhada; e o da mulher moderna era adiar a maternidade para galgar espaços profissionais... Pra mim, chegar aos 39 é hora de aproveitar minhas próprias conquistas. Quero me cuidar e desfrutar do prazer de viver de bem com a vida, num misto de recomeço...

No final de 2009, olhei no espelho e falei, suspirando: "Quase quarenta". Foi inevitável, logo emergiram as reflexões: "O que eu fiz até agora?". "O que eu quero?" E então me autorizei a fazer novas escolhas. E usufluir de minhas conquistas.

Na pré-passagem dos "inta" para os "enta", a idade está ali sem disfarces, mas eu me sinto mais confiante do que nunca. Com êxito profissional, filhos crescidos; e mesmo que reclame das rugas e de poucos fios brancos, sou uma mulher bem resolvida e sei o que quero de meus sonhos, projetos e realizações...e, o mais importante, sei o que não quero.

Estou me divertindo com a nova idade e com tudo quanto leio, escuto e vejo à respeito, como os textos e músicas abaixo:

MULHER DE 40

"Á medida que envelheço, e convivo com outras, valorizo mais as mulheres que estão acima dos 40. Estas são algumas razões do porquê:
- Uma mulher de 40 nunca o acordará no meio da noite para perguntar: "O que você está pensando?"
- Ela não se importa com o que você pensa, mas se dispõe de coração se você tiver a intenção de conversar.
Se uma mulher de 40 não quer assistir o jogo, ela não fica à sua volta resmungando. Ela faz alguma coisa que queira fazer. E, geralmente é alguma coisa bem mais interessante.
Uma mulher de 40 se conhece o suficiente para saber quem é, o que quer e quem quer.
Poucas mulheres de 40 se incomodam com o que você pensa dela ou sobre o que ela está fazendo.
Mulheres dos 40 são honradas. Elas raramente brigam aos gritos com você durante a ópera ou no meio de um restaurante caro.
É claro, que se você merecer, elas não hesitarão em atirar em você, mas só se ainda sim elas acharem que poderão se safar impunes.
Uma mulher de 40 tem total confiança em si para apresentar-te para suas melhores amigas. Uma mulher mais nova com um homem tende a ignorar mesmo sua melhor amiga porque ela não confia no cara com outra mulher. E falo por experiência própria. Não se fica com quem não se confia, vivendo e aprendenndo né???
Mulheres se tornam psicanalistas quando envelhecem. Você nunca precisa confessar seus pecados para uma mulher com mais de 40. Elas sempre sabem.
Uma mulher com mais de 40 fica linda usando batom vermelho. O mesmo não ocorre com mulheres mais jovens.
Mulheres mais velhas são diretas e honestas. Elas te dirão na cara se você for um idiota, se você estiver agindo como um!
Você nunca precisa se preocupar onde você se encaixa na vida dela. Basta agir como homem, e o resto deixe que ela faça.
Sim, nós admiramos as mulheres com mais de 40 por um "sem" número de razões. Infelizmente, isso não é recíproco.  Para cada mulher de mais de 40, estonteante, inteligente, bem apanhada e sexy, existe um careca, velho, pançudo em calças amarelas bancando o bobo para uma garçonete de 22 anos. [...]"  Arnaldo Jabor


Mulher De 40,
de Roberto Carlos

Sorriso bonito
Olhar de quem sabe um pouco da vida
Conhece o amor
E quem sabe uma dor
Guardada escondida

Por experiência
Sabe a diferença
De amor e paixão
O que é verdadeiro
Caso passageiro
Ou pura ilusão

É jovem bastante
Mas não como antes
Mas é tão bonita
Ele é uma mulher
Que sabe o que quer
E no amor acredita

Não quero saber
Da sua vida, sua história,
Nem do seu passado
Mulher de 40 eu só quero ser
O seu namorado

Não importa a idade
A felicidade
Chega um dia q vem
Se ela vive feliz
Ou espera de novo encontrar outro alguém

Se ela se distrai
Uma lágrima cai
Ao lembrar do passado
Seu olhar distante
Vai por um instante
A um tempo dourado

Retoca a maquiagem
Cheia de coragem
Esta mulher bonita
Que já não é menina
Mas a todos fascina
E a mim me conquista

Não quero saber
Da sua vida, sua história,
Nem do seu passado
Mulher de 40 eu só quero ser
O seu namorado

Retoca a maquiagem
Cheia de coragem
Esta mulher bonita
Que já não é menina
Mas a todos fascina
E a mim me conquista

Não quero saber
Da sua vida, sua história,
Nem do seu passado
Mulher de 40 eu só quero ser
O seu namorado


Mulher de 40


MULHER AOS 20 E AOS 40


Tome a mesma mulher aos 20 e aos 40 anos. No segundo momento ela será umas sete ou oito vezes mais interessante, sedutora e irresistível do que no primeiro. Ela perde o frescor juvenil, é verdade. Mas também o ar inseguro de quem ainda não sabe direito o que quer da vida, de si mesma, de um homem. Não sustenta mais aquele ar ingênuo, uma característica sexy da mulher de 20.
Só que é compensado por outros atributos encantadores de que se reveste a mulher de 40. Como se conhece melhor, ela é muito mais autêntica, centrada, certeira no trato consigo mesma e com seu homem.
Aos 40, a mulher tem uma relação mais saudável com o próprio corpo e com seu cheiro cíclico. Não briga mais com nada disso. Na verdade, ela quer brigar o menos possível. Está interessada em absorver do mundo o que lhe parecer justo e útil, ignorando o que for feio e baixo-astral. Quer é ser feliz. Se o seu homem não gostar do jeito que ela é, que vá procurar outra. Ela só quer quem a mereça.
Aos 40 anos, a mulher sabe se vestir. Domina a arte de valorizar os pontos fortes e disfarçar o que não interessa mostrar. Sabe escolher sapatos,tecidos e decotes, maquiagem e corte de cabelo. Gasta mais porque tem mais dinheiro. Mas, sobretudo, gasta melhor. E tem gestos mais delicados e elegantes.
Aos 40, ela carrega um olhar muito mais matador quando interessa matar. E finge indiferença com mais competência quando interessa repelir. Ela não é mais bobinha. Não que fique menos inconstante. Mulher que é mulher, se pudesse, não vestiria duas vezes a mesma roupa nem acordaria dois dias seguidos com o mesmo humor. Mas, aos 40, ela já sabe lidar melhor com este aspecto peculiar da condição feminina. E poupa (exceto quando não quer) o seu homem desses altos e baixos hormonais que aos 20 a atingiam - e quem mais estiver por perto - irremediavelmente.
Aos 20, a mulher tem espinhas. Aos 40, tem pintas, encantadoras trilhas de pintas. Que só sabem mesmo onde terminam uns poucos e sortudos escolhidos.
Sim, aos 20 a mulher é escolhida. Aos 40, é ela quem escolhe. E não veste mais calcinhas que não lhe favorecem. Só usa lingeries com altíssimo poder de fogo. Também aprende a se perfumar na dose certa, com a fragrância exata. A mulher aos 40, mais do que aos 20, cheira bem, dá gosto de olhar, captura os sentidos, provoca fome.
Aos 40, ela é mais natural, sábia e serena. Menos ansiosa, menos estabanada. Até seus dentes parecem mais claros. Seus lábios, mais reluzentes. Sua saliva, mais potável. E o brilho da pele não é o da oleosidade dos 20 anos, mas pura luminosidade.
Aos 20, ela rói unhas. Aos 40, constrói para si mãos plásticas e perfeitas. Ainda desenvolve um toque ao mesmo tempo firme e suave. Ocorre algo parecido com os pés, que atingem uma exatidão estética insuperável. Acontece também alguma coisa com os cílios, o desenho das sobrancelhas. O jeito de olhar fica mais glamuroso, mais sexualmente arguto.
Aos 40, quando ousa no que quer que seja, a mulher costuma acertar em cheio. No jogo com os homens, já aprendeu a atuar no contra-ataque. Quando dá o bote, é para liquidar a fatura. Ela sabe dominar seu parceiro sem que ele se sinta dominado. Mostra sua força na hora certa e de modo sutil. Não para exibir poder, mas para resolver tudo a seu favor antes de chegar o ponto de precisar exibí-lo. Consegue o que pretende sem confrontos inúteis. Sabiamente, goza das prerrogativas da condição feminina sem engolir sapos supostamente decorrentes do fato de ser mulher.
Se você, leitora, anda preocupada porque não tem mais 20 anos - ou porque ainda tem mas percebeu que eles não vão durar para sempre - fique tranqüila. É precisamente aos 40 que o jogo começa a ficar bom.

Adriano Silva - diretor da redação da Revista Superinteressante